A precificação para vestuário é um dos pilares do sucesso de quem vende roupas, seja em loja física, e-commerce, redes sociais ou por encomenda.
Quando o preço está mal calculado, o negócio pode ter prejuízo mesmo com um bom volume de vendas.
Neste artigo, você vai aprender como calcular corretamente o preço das suas peças, entender os principais erros de quem está começando e aplicar estratégias inteligentes para aumentar sua margem de lucro.
Tudo isso de forma simples, prática e fácil de colocar em ação.
Precificação para vestuário: por onde começar
A precificação para vestuário começa com o cálculo do custo total da peça, incluindo matéria-prima, mão de obra, impostos e despesas fixas.
A partir disso, você aplica a margem de lucro ideal e define um preço que seja competitivo e ainda traga retorno.
O primeiro passo para precificar corretamente é entender quanto custa realmente produzir ou adquirir a peça.
E isso vai muito além do valor pago ao fornecedor: é preciso somar todos os custos envolvidos no processo, diretos e indiretos, antes de aplicar a margem de lucro desejada.
Com um bom controle financeiro para negócios de moda, você toma decisões mais certeiras, como lançar promoções, ajustar preços e manter a margem de lucro.
Como calcular o preço ideal de venda
A precificação para vestuário começa pelo controle de custos. É essencial considerar todos os gastos envolvidos na produção ou revenda da peça. Só assim você garante lucro e mantém a saúde financeira do negócio.
Entenda o custo total de produção
O custo de produção de roupas vai muito além do tecido ou do valor pago no atacado. Vários elementos compõem o custo real de cada peça vendida — e ignorar esses detalhes pode comprometer sua margem de lucro.
- Matéria-prima: tecidos, aviamentos (zippers, botões, linhas), etiquetas e qualquer insumo usado na confecção;
- Mão de obra: custo do seu tempo (caso produza pessoalmente) ou o valor pago a costureiras, modelistas, bordadeiras, etc.;
- Embalagem: sacolas, caixas, papel de seda, tags personalizadas — tudo aquilo que faz parte da entrega;
- Logística e transporte: combustível, fretes, entregas por motoboy ou correio;
- Energia e estrutura: luz, água, manutenção de máquinas e ferramentas;
- Custos fixos proporcionais: aluguel do espaço, internet, sistemas que você usa e até mesmo a taxa do MEI ou contador.
Mesmo que alguns desses itens pareçam pequenos, eles devem ser considerados, porque impactam diretamente na sua margem final.
Uma boa dica é anotar todos os seus gastos mensais e, a partir daí, dividir uma parte proporcional entre as peças produzidas ou vendidas no período. Isso te ajuda a calcular o custo unitário de forma mais justa.
Você pode ter app de gestão como o Jarbas para facilitar esse processo. O importante é não adivinhar: precificar sem saber o custo é como vender no escuro.
Defina uma margem de lucro realista
Depois de saber exatamente quanto custa cada peça, chega a hora de aplicar a sua margem de lucro. Essa margem deve cobrir os riscos do negócio, pagar você pelo seu trabalho e permitir que o negócio cresça.
No setor de moda, é comum encontrar margens que variam entre 100% e 200% sobre o custo total, mas esse número depende do seu tipo de produto, do público que você atende e da concorrência.
Por exemplo:
- Se o custo total de uma blusa for R$ 30, uma margem de 150% resultaria em um preço de venda de R$ 75.
- Já uma peça mais sofisticada, com diferencial, pode ter margem ainda maior, desde que o cliente perceba esse valor agregado.
Mas atenção: uma margem muito alta, se mal justificada, pode afastar clientes. Uma margem muito baixa pode te deixar no prejuízo mesmo vendendo bem. Por isso, o ideal é equilibrar posicionamento e viabilidade.
Considere taxas, impostos e comissões
Esse é um ponto que muitos empreendedores esquecem, e que pode acabar com a sua margem de lucro sem você perceber.
Se você vende online, inclua no cálculo:
- Taxas de cartão (geralmente entre 3% e 5% por transação);
- Comissões de marketplaces como Shopee, Mercado Livre ou Elo7 (podem ultrapassar 10%);
- Frete grátis, caso você assuma o custo;
- Impostos como DAS-MEI, ICMS (dependendo do regime tributário) ou outros encargos específicos do seu estado ou atividade;
- Plataformas de pagamento, como Pix via intermediários, gateways ou boletos.
O ideal é somar todos esses percentuais ao custo total antes de aplicar a margem de lucro — ou pelo menos descontá-los da margem final, para saber o que realmente sobra no fim.
Um exemplo prático:
- Sua peça custa R$ 40 para produzir;
- Você aplica uma margem de 150% e decide vender por R$ 100;
- No entanto, você paga 5% de taxa de cartão (R$ 5), 10% de comissão no marketplace (R$ 10) e oferece frete grátis de R$ 12;
- Isso representa R$ 27 de custo extra, além dos R$ 40 iniciais.
No fim, o lucro real não é R$ 60 como parecia, é R$ 33.
Por isso, conhecer todos os custos é essencial para precificar com consciência e não apenas com boa intenção.
Estratégias inteligentes de precificação para moda
Depois de entender os custos e aplicar uma margem de lucro coerente, chega o momento de usar estratégias de precificação que ajudem a valorizar o produto, aumentar o desejo de compra e estimular o cliente a fechar negócio.
No varejo de moda, o jeito como o preço é apresentado faz muita diferença.
Veja algumas estratégias que funcionam de verdade:
Preço psicológico: R$ 59,90 vende mais que R$ 60,00
Pode parecer um detalhe, mas a forma como você apresenta o preço interfere diretamente na percepção de valor.
O chamado preço psicológico faz com que o cliente perceba que está pagando menos, mesmo que a diferença seja mínima.
Por exemplo:
- R$ 59,90 parece consideravelmente mais barato que R$ 60,00;
- R$ 99,00 é percebido como um “duplo dígito”, enquanto R$ 100,00 já remete a um salto de valor;
- R$ 199,00 vende melhor do que R$ 200,00, mesmo custando praticamente a mesma coisa.
Essa técnica é especialmente útil para peças de entrada, produtos promocionais e vitrines.
Use com moderação, sempre considerando o perfil do seu público; clientes que valorizam exclusividade podem preferir preços arredondados, por exemplo.
Crie faixas de preço para diferentes perfis de cliente
Nem todo cliente tem o mesmo orçamento, e seu mix de produtos pode (e deve) refletir isso. Uma estratégia eficiente é estruturar sua loja com:
- Peças de entrada (mais acessíveis, que atraem novos clientes);
- Peças intermediárias (com maior margem e apelo de moda);
- Produtos premium (com valor agregado mais alto, exclusivos ou personalizados).
Essa variação permite que você:
- Aumente o ticket médio com clientes fiéis;
- Facilite o primeiro contato com novos clientes que ainda estão testando a marca;
- Atenda diferentes públicos sem precisar mudar seu posicionamento.
Além disso, isso abre espaço para trabalhar kits, combos ou descontos progressivos, como “leve 3 e pague menos”, sem comprometer a margem total do negócio.
Use promoções com propósito (e não por impulso)
Fazer liquidações sem estratégia pode até gerar volume, mas costuma prejudicar a imagem da marca e acostumar o cliente a só comprar com desconto.
Por isso, promoções devem ter um objetivo claro, como:
- Girar o estoque parado ou fora de estação;
- Atrair novos clientes com campanhas sazonais bem divulgadas;
- Incentivar o lançamento de uma nova coleção, dando desconto na primeira compra ou oferecendo frete grátis para quem comprar acima de um valor mínimo.
O importante é planejar, calcular os impactos no lucro e deixar claro que a promoção tem começo, meio e fim. Isso valoriza o produto e evita o famoso “vou esperar a próxima promoção”.
Aposte na precificação baseada em valor (não só no custo)
A precificação tradicional parte do custo e aplica uma margem. Já a precificação baseada em valor olha para outro ponto: o quanto o cliente percebe que o produto vale.
Na moda, isso é ainda mais relevante. O cliente não compra apenas uma blusa, ele compra:
- A sensação de estar na moda;
- A exclusividade de uma peça limitada;
- A confiança no seu atendimento;
- O diferencial do acabamento, tecido ou história da marca.
Se você consegue comunicar esse valor de forma clara, o preço se torna secundário na decisão de compra. É o que justifica, por exemplo, uma t-shirt de algodão custar R$ 50 numa loja e R$ 150 em outra.
Essa estratégia exige atenção ao branding, à experiência de compra e à construção de autoridade, mas pode aumentar muito a sua margem e a fidelização de clientes.
Precificação para vestuário no Jarbas: controle e lucro na palma da mão
O APP Jarbas é uma ferramenta completa para quem vende roupas e quer controlar melhor os custos e visualizar o lucro real de cada peça.
Com ele, você pode:
- Cadastrar os produtos com preço de custo e valor de venda;
- Acompanhar o estoque e ver o impacto das vendas nas finanças;
- Consultar relatórios com lucro total e por produto;
- Usar o controle financeiro para saber o quanto entrou, o quanto saiu e onde está o lucro;
- Fazer ajustes de preços com base em dados reais, e não na intuição.
Além disso, o Jarbas permite integrar o cadastro de produtos, o estoque e o financeiro, criando uma visão clara e completa do seu negócio.
Preço certo, lucro garantido
Uma boa precificação para vestuário vai muito além de somar custos e aplicar um valor.
Ela envolve conhecer o seu público, entender seus números e fazer escolhas estratégicas para crescer com sustentabilidade.
E com a ajuda do Jarbas, você pode controlar todos esses dados de forma simples e prática — direto do celular ou do computador.
Se você quer vender mais, lucrar melhor e ter mais segurança na gestão, o primeiro passo é precificar com consciência.
Disponível no Google Play e no App Store.